Nosso membro da moderação César Serrazes, que também é músico, remixou algumas músicas dos The Cranberries e da carreira solo da Dolores O'Riordan. Os remixes já foram disponibilizados há algum tempo. Trouxemos novamente os sons que demostra bastante criatividade nas remixagens dando uma excelente roupagem as músicas que em sua versão originais já eram boas.
Os shows acústicos das próximas quatro semanas foram cancelados.
Hoje (24), o The Cranberries anunciou em sua página oficial no Facebook que não se apresentará nas próximas 4 (quatro) semanas devido as recomendações médicas da vocalista Dolores O'Riordan. A banda não informou o que exatamente tem ocorrido com Dolores. Contudo, o cancelamento chama a atenção pois já houveram dois cancelamentos de shows no início da turnê "Something Else".
Segundo o comunicado, os shows cancelados serão remarcados.
ENTENDENDO O CASO DOLORES
Como já publicado anteriormente aqui no blog, Dolores O'Riordan tem enfrentado momentos turbulentos em sua vida pessoal - a começar pela morte do pai, vítima de câncer e falecido em novembro de 2012. Dolores ficou bastante abatida durante a "Roses Tour", mas deu continuidade aos shows que passaram pela Europa, América do Norte, Oceania e Ásia.
Já em 2014, Dolores anuncia sua separação de Don Burton, com quem foi casada por 20 anos. Don prestava serviços para a banda The Cranberries e, coincidentemente, nesse mesmo ano os tabloides irlandeses anunciaram que Dolores processara seu companheiro de banda, Noel Hogan, por supostos "direitos autorais" (tal notícia não chegou a ser confirmada por ambos). Ainda nessa mesma época Dolores assume que foi vítima de pedofilia.
Porém, o incidente de maior polêmica foi o caso do voo que saía de Nova York rumo à Irlanda. Durante a viagem, a cantora agrediu uma aeromoça e, já no terminal de passageiros, houve outra agressão a um guarda policial. Dolores ficou detida durante 24 horas na Irlanda e foi processada. Um ano após o ocorrido, durante o julgamento, O'Riordan soube-se que O'Riordan havia sido diagnosticado com transtorno bipolar e estava em tratamento. Somado a esse fato, o juiz estabeleceu um fiança de 6 mil euros (cerca de 25 mil reais) e encerrou o caso.
Dolores na saída do tribunal
Após o resultado do julgamento, Dolores dizia-se animada com dois projetos em que estaria envolvida. O primeiro foi a banda D.A.R.K (que chegou a lançar o CD "Science Agrees" e marcar diversas apresentações pela Europa. Contudo, o projeto teve um começo conturbado, com o lançamento do CD adiado por três vezes e o posterior cancelamento de todos os shows do projeto D.A.R.K (muitos deles já esgotados).
Ainda no mesmo período, a banda The Cranberries anuncia uma série de apresentações no verão Europeu. Parte da turnê foi cumprida, mas alguns shows acabaram cancelados mais uma vez por motivos de saúde. Desta vez, a própria Dolores alegou problema de hérnia de disco e que precisaria parar por alguns meses. Mesmo com isso, a banda continuou trabalhando para o lançamento do CD "Something Else" com acompanhamento do quarteto de cordas da Irish Chamber Orchestra.
Anunciado em janeiro de 2017, o lançamento do mais novo trabalho dos The Cranberries tomou os quatro primeiros meses do ano, em que o grupo trabalhou na finalização do álbum e em sua divulgação. Para isso, apresentaram- se em fevereiro em Cancún, México numa série de 3 shows com casa lotada e aproveitaram a estadia na cidade para registrar as fotos fariam parte do CD.
Antes mesmo do lançamento do novo trabalho, a banda já divulgava uma série intensa de shows pela Europa e, posteriormente, pelos Estados Unidos (em um total de 53 datas). Durante entrevistas, Dolores e Noel ainda prometiam uma vinda à América do Sul. Os fãs, já cientes do estado de saúde da vocalista, espantaram-se com a quantidade de shows na Europa e questionaram esse número excessivo de apresentações - boa parte delas em dias seguidos (como nos show na França, Reino Unido e Itália).
A turnê começou. dedos cruzaram-se em torcido para que tudo desse certo, mas o estado de Dolores durante os shows era visivelmente estranho, com a cantora mostrando-se apática, mesmo com o esforço para manter a energia durante as apresentações.
Mesmo assim, chegamos a mais um (grande) cancelamento...
Noel, Óle (ao fundo) e Dolores durante apresentação em Londres, dia 20/05
A equipe do The Cranberries Brasil compartilha do sentimento de tristeza com todos os fãs e espera pela recuperação de Dolores. Acima de tudo, esperamos pela tomada de decisões acertadas que visem garantir a reputação da banda e também a boa convivência com os fãs.
Que voltem reenergizados e com força para encantarem multidões.
do cancelamento do show em Amsterdam que seria na noite de hoje, dia 10 de maio de 2017, devido Dolores estar adoentada. Ao mesmo tempo estão vendo novo agendamento e que o público ainda guardem seus ingressos.
********* Tonight's show in Amsterdam is not going ahead due to Dolores being ill. **********
Our sincere apologies to all those due to attend. We are working with the promoter with a view to rescheduling the show and we expect to have more news on that very shortly so please hold on to your tickets and we will advise more very soon
O blog deseja melhoras a Dolores.
Vamos recordar um momento lindo da participação de Dolores O'Riordan e Noel no reality show The Bacherolette.
Vamos colocar dois vídeo, um apresentado na TV e outro antes da edição final.
Entrevista: The Cranberries fala sobre o álbum "Something Else", a aparição em "The Bachelorette", os 25 anos de aniversário e mais!
Acima o link para visualização na íntegra do texto original e vídeo do programa na estação de rádio Q104.3 em Nova York
Dolores O'Riordan comenta como surgiu a ideia do novo álbum Something Else: " a ideia veio amadurecendo desde as apresentações em Limerick ( a cidade ganhou um prêmio europeu - Limerick City of Culture NYE - Concert 2013) e depois a apresentação no reality show The Bachelorette."
Em Limerick, Dolores apresentou Zombie, Linger e The Journey com a orquestra de câmara da Irlanda e participou no final da série The Bachelorette com Noel Hogan, acompanhados com um quarteto de cordas(Limerick e Dublin).
"Eu não assisto The Bachelorette mas aceitei o convite para cantar Linger no final do seriado. O fato de ser assistido por milhões de pessoas e adolescentes, foi uma boa exposição."
Juntando-se a ideia e a comemoração dos 25 anos da banda, nasce o álbum Something Else com os maiores sucessos com arranjos orquestrados, um quarteto de cordas da Irlanda, mais três músicas inéditas : Why, The Glory e Rupture.
Com shows marcados nos Estados Unidos, Dolores relembra de um episódio : "[...] éramos adolescentes e era primeira vez que ficávamos num hotel com mini bar. Na saída do hotel, estava trazendo as bebidas na bagagem para meu avô, pensando ser tudo gratuito e fui pega(risos), devolvi ."
Noel relembra o encontro com Michael Stipe (REM) e Dolores sobre momentos inesquecíveis quando se apresentou em Woodstock '94, cantar com Luciano Pavarotti no mesmo ano de 94 e abrir vários shows dos Rolling Stones e AC/DC.
O apresentador Jonathan pergunta por curiosidade se assistem ao seriado The Fall, cujo enredo se trata de um serial killer que age em Belfast e tem uma investigadora inglesa cuidando do caso. Noel diz que vê e que é bastante interessante a série.
Sobre a música Why, ela escreveu quando o pai morreu, entender todo processo o momento atual, durante, foi uma fase dificil.
Primeiro álbum solo de Dolores O’Riordan afastou-se
da sonoridade do The Cranberries e focou em temas mais obscuros.
Em 4 de maio de 2007 chegava às lojas o esperado
álbum solo de Dolores O’Riordan, vocalista do The Cranberries. À época em um
período de hiato com a banda, a cantora trouxe em seu “Are You Listening?” uma
sonoridade mais agressiva, em uma mescla de metal e pop rock que, à princípio,
causou estranheza em alguns fãs, mas logo entrou para as lista de boas
lembranças.
Lançado pelo selo “Sanctuary Records”, o CD chegou ao
marco de 350 mil cópias um ano depois do lançamento e, hoje, estima-se algo em
torno de 400 mil cópias vendidas ao redor do mundo. Devido ao sucesso das
vendagens, no início de 2008 Dolores recebeu o "European Breaking Borders
Award", prêmio concedido pelas gravadoras da União Européia com
o intuito de incentivar a produção cultural do continente. O troféu é entregue
a dez músicos em ascensão cujo primeiro trabalho tenha tido boas vendas fora do
seu país de origem.
Durante o ano de 2007, Dolores saiu em uma grandiosa
turnê ao redor do mundo passando principalmente por países onde (até então)
nunca havia estado com o The Cranberries. Utilizando o slogan "A Voz
do The Cranberries", a cantora atraiu milhares de pessoas em shows
intimistas e em locais de menor capacidade (diferente dos estádios e arenas
onde a banda costumava tocar), totalizando mais de 80 datas. Dolores chamou a
atenção do público e da crítica por reviver os antigos sucessos do The
Cranberries misturados às músicas do seu álbum solo. Com a maioria dos
concertos esgotados o destaque ficou por conta do show em Santiago, Chile, onde
o espetáculo foi tão esperado que esgotou os ingressos e deixou centenas de
pessoas do lado de fora do Teatro Caupolicán.
Além do sucesso dos shows, outro marco da era “Are
You Listening?” foi o visual e a disponibilidade da artista. Com cabelos
compridos e ótima forma física, a cantora encantou as plateias ao demonstrar um
vigor extraordinário pulando e correndo no palco, além de mostrar mais contato com
os fãs.
DESTAQUES DO CD
O primeiro single, “Ordinary Day”, foi lançado em
fevereiro de 2007 e retrata as angústias e prazeres da maternidade. Em
entrevista à revista “Hot Press”, ela comentou: “Ordinary Day’ foi inspirada no nascimento da minha terceira filha [Dakota],
mas pode ser atribuída à todas as garotas. De fato, é sobre o crescimento, os
desafios e a imprevisibilidade da vida. Há tantas coisas que as crianças não
sabem e eu não posso falar para elas; elas tem que descobrir por si mesmas.
Então, às vezes você olha para os seus filhos e tem flashes de si mesmo quando
era pequeno e tem de lidar com o longo processo emocional que envolve o crescimento
deles.”.
O segundo single, “When We Were Young”, lançado em
julho de 2007, segue a mesma inspiração materna: "É como quando você tem filhos pequenos; você percebe que eles estão em constante
transformação e, se você não cuidar, nunca é capaz de se aproximar deles. De
repente estão com dez, depois doze anos e depois adolescência ... E aí vem a
angústia ... E, quando você vê, estão à beira da vida adulta. De certa forma,
quando você é pequeno, você não tem estresse, porque tudo que você tem a fazer
é preocupar-se com o que vestir. Mas agora, adulta, olho para trás e consigo
dizer: "Obrigado mãe, obrigado por fazer tudo por mim!" e só o que
posso fazer é esperar que meus próprios filhos cheguem ao ponto de me amarem e
apreciarem desse mesmo jeito.", explicou.
Outro destaque do álbum foi a canção “Black Widow”.
Com acordes distintos e uma letra obscura, a música fala sobre a luta da sogra
de Dolores contra o câncer. “Logo depois
que o The Cranberries deu um tempo, soube que a minha sogra estava com câncer.
Isso me deixou devastada. Lembro de ter começado a escrever ‘Black Widow’ em um
dia muito triste, em meados de outubro. Sabe, quando você está com 20 anos acha
que viverá para sempre, mas à medida que envelhece percebe que há tanta doença
no mundo... É algo muito, muito perturbador.”, disse m entrevista ao site “SoundSpike”,
em 2007.
Além dessas três canções, cabe destacar ainda a
melancólica “Letting Go”, canção sobre a aceitação das adversidades da vida e
que ganhou uma nova versão em 2013 devido ao luto de Dolores pela perda do pai,
em 2012. Essa nova versão foi cantada apenas no Concerto Natalino promovido
pela “Fondazione Don Bosco nel Mondo”, de Roma.
“Are You Listening?” saiu no Brasil pelo selo ‘Coqueiro
Verde Records’.
A banda Irlandesa de rock The Cranberries formou-se de adolescentes desconhecidos na pequena cidade de Limerick para uma das bem mais sucedidas bandas dos anos 90. Com hit singles
Dreams, Zombie e Linger -- a primeira música escrita pelo grupo -- eles
rapidamente ganharam o mercado musical fora da Irlanda e dominando as paradas
musicais. Venderam mais de 40 milhões de álbuns antes da virada do século e continuam a esgotar shows pelo mundo afora(não mais do que em Peru quando cantaram para mais de 40 milhões de pessoas na última tour). Vinte e
cinco anos desde a formação do grupo eles voltaram para um novo album com
interpretações orquestradas das músicas mais famosas .
Mattew Whitehouse conversa com Dolores O'Riordan
sobre músicas que mudaram a vida dela.
A primeira música que ela lembra ter
ouvido..." Eu acho que foi, provavelmente, uma música do Elvis Presley.
Minha mãe era aficionada pelo Elvis. Ela costumava tocar incessantemente Love
Me Tender e esses tipos de músicas."
O primeiro disco que ela comprou... "Na
realidade foi um cassete pois eu tinha um tocador de fitas! Foi uma dos Smiths.
Não estou certa qual mas eu realmente gostei. Quando eu tinha 16/17 curtia
muito Morrissey e The Cure."
A primeira canção que escreveu... " Foi uma
canção chamada Calling , foi no piano, eu lembro que era algo como um amor
juvenil."
A primeira canção escrita com The Cranberries...
" Foi Linger. Eu lembro que ficava um bom tempo em meu quarto como uma
adolescente trabalhando nela. Cada minuto que eu tinha eu estava lá compondo.
Naquele tempo eu não tinha inibição então era fácil escrever. Quando ficamos
mais velhos tornamos nos mais auto-conscientes sobre aquilo que falamos pelo
fato de que vamos ser analisado. Linger está totalmente desprovida dessa
auto-consciência. Estava apenas cantando com a banda numa sala de ensaio. Nunca
pensei que alguém fosse ouvir a música."
A música que mais orgulha... " Eu aho que
Linger é uma delas. Ela é atemporal, não sai da moda, mesmo quando foi lançada
ficou diferente daquela que foi tocada no tempo da MTV. E também, acho Dreams
uma música pop agradável. Tem uma qualidade pop adorável."
Uma música que deixa feliz... " Há muitas
músicas adoráveis na realidade que eu gosto. Yellow Submarine dos Beatles logo vem à minha mente. Shiny Happy People do REM. Isto tem acontecido há poucos
anos. Tenho escutado mais ao invés de tocar e escrever, porque eu sei que
realmente afeta o humor. Algumas vezes é bom apenas colocar uma música em seu
quarto e se deixar levar."
Música Irlandesa que mais gosta... " Há muitas
músicas Irlandesas antigas e bonitas que eu gosto mas aprecio The Old Bog Road,
é muito adorável. Algumas músicas do The Pogue também."
Qual música gostaria de ser lembrada... " Eu
acho que Linger ou Zombie. Muitas pessoas amam Zombie. Semana passada um artista
holandês fez um techno cover. Muitos fazem cover de Zombie. Eu acho porque tem um
refrão cativante. É repetitivo e suponho enfurecedor também. Você sabe, você
pode escrever canções alegres e tristes e então pode bem compor da mesma forma
músicas de raiva. Você aflora certas emoções quando canta essa música. Você tira o melhor disto."
Lançamento do álbum Something Else
Credits
Text Matthew Whitehouse
nota do blog: neste album estão inclusas três novas músicas: Why, The Glory e Rupture.
Manifestantes empunharam bandeiras do Reino Unido e da União Europeia durante "Linger"
Hoje, 28 de abril, data de lançamento do novo álbum "Something Else", a banda The Cranberries se apresentou no programa "The One" da rede britânica BBC, na capital inglesa. Durante a performance do megahit "Linger", porém, um fato chamou a atenção. Logo que a banda foi anunciada e começou a tocar, manifestantes contra a saída do Reino Unido da União Europeia, chamada de Brexit, abreviação das palavras em inglês Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída), começaram a se aglomerar nos fundos do palco, atrás da banda, empunhando bandeiras da União Europeia. Outros manifestantes, a favor do processo, também tomaram postos com a bandeira do Reino Unido e, de acordo com a imprensa local, um pequeno tumulto foi formado.
Apresentação da banda no programa "The One" da BBC de Londres
Dolores canta sob pequeno protesto de manifestantes a favor e contra o Brexit
A pequena manifestação não chegou a atrapalhar a apresentação da banda, contudo, teve grande repercussão na mídia europeia devido à grande tensão vivida pelo continente, onde a população está dividida sobre os reais benefícios, para ambos os lados, da saída do Reino Unido do bloco europeu.
Manifestantes empunhando bandeiras do Reino Unido e União Europeia durante apresentação da banda
A Irlanda, terra natal do quarteto, se tornou independente do Reino Unido em 1916, após anos de uma batalha sangrenta contra a mãe Inglaterra. Nesse mesmo ano, a guerra entre os dois países culminou na Revolta da Páscoa, uma tentativa por parte de militantes republicanos irlandeses para ganhar a independência em relação ao Reino Unido e que deixou como saldo milhares de irlandeses mortos. Esse evento, por exemplo, é referido na letra de "Zombie", escrita por Dolores em 1994: "it's the same old theme since 1916" (é o mesmo velho assunto desde 1916) Hoje, o país é visto como um exemplo de superação e se mostra fortemente alinhado aos ideais econômicos e sociais da União Europeia.
Manifestantes empunhando bandeiras da União Europeia durante apresentação do quarteto de cordas junto da banda
28 de abril de 2017 é uma data marcante para os brasileiros, não somente ao que tange nos acontecimentos políticos do país como a greve geral que está ocorrendo, mas aos fãs do The Cranberries em especial: álbum novo muito comentado e aguardado, com venda disponível em diversas plataformas como Itunes, Amazon e claro, na loja oficial da banda, onde poderá comprar o CD e também em Vinil. O álbum faz releituras de sucessos em versões acústicas, com participação da Irish Chamber Orchestra, mas também traz três canções inéditas: "Why", "Rupture" e "The Glory". Em entrevista à BBC esta manhã (Horário de Brasília), Dolores confirmou que, após a turnê norte-americana, a banda virá à América do Sul - mencionando Brasil, Argentina e Chile - com apresentações não-acústicas, assim como serão nos EUA. Confira a entrevista com a banda no link (início aos 16m 50s e menção sobre turnê na América do Sul aos 18m 40s) http://www.bbc.co.uk/programmes/b08n3jzr
O álbum pode ser adquirido através do site oficial da banda:
“São
experiências que fazem você pensar: ‘Meu
Deus, eu tive muita sorte!”.
Em mais duas entrevistas – dessa vez para os
portais norte-americanos “Artist Direct Interviews” e “SongFacts” - Dolores O’Riordan
conversou sobre o processo criativo por trás de “Something Else”, a emoção de
algumas letras do The Cranberries, o processo criativo da banda e ainda revelou
as sensações antes de sair em turnê.
No “Artist Direct Interviews”, a cantora justificou
a inclusão de três músicas novas no álbum: “Porque
quando foram escritas, e eu acho que são boas faixas, vi que seria importante
mostrar essas músicas; fazê-las serem ouvidas. Como já estávamos trabalhando
nas músicas antigas, vimos que [as três músicas] caberiam no álbum”.
Já sobre a parceria com o quarteto de
cordas, O’Riordan destacou como os instrumentos trouxeram novas sensações à cada
canção: “[...] um quarteto de cordas é
muito bonito, sim, mas também muito triste. Um violoncelo é um instrumento muito
triste, ressoa solidão. [Com a regravação das músicas] achamos que colocar o quarteto nessas faixas seria melhor do que ter
apenas os teclados.”, relevou.
Uma das partas mais interessantes da
entrevista é quando foi perguntada sobre os momentos marcantes de todos esses
anos na estrada e se havia alguma lembrança mais impactante, aquela guardada
com carinho. Dolores recordou apresentações antigas, a emoção de cantar com seus
ídolos e o quê todas essas oportunidades trouxeram para a sua vida:
“[...] Há
muitos eventos no meio musical que me fazem ter essas lembranças. [...] Woodstock em 1994 foi um grande show, um
momento incrível e nunca vou esquecer daquela multidão gigantesca e de como
tivemos que pegar um helicóptero para passar pelas pessoas, pois havia muita gente.”
“Também
destaco o “Pavarotti and Friends” [...] Eu
era a única mulher lá e havia o Michael Bolton, o Bono, The Edge [...] fiz duetos com Simon Le Bon (Duran Duran)
e com Pavarotti. [...] e lembro da Princesa Diana no show e de como
foi maravilhoso falar com ela. [...] São
experiências que fazem você pensar: ‘Meu Deus, eu tive sorte!”.
E prosseguiu:
“O Nobel
da Paz de 1998, quando John Hume and David Trimble ganharam
o prêmio [pelo tratado de paz na Irlanda do Norte]. [...] também lembro que os prêmios da MTV foram
muito divertidos. [..] quando
ganhamos por "Zombie" e Bjork nos deu o prêmio e ela veio no palco...
Quero dizer, quem não ama Bjork?! É sempre ótimo quando encontramos outros
artistas.”
“[...] Abrimos
para o R.E.M e conseguimos sair com o Michael Stipe – eu nunca esquecerei desse
momento. [...] teve também quando
abrimos nove shows para o The Rolling Stones e o AC/DC e foi ótimo conhecer
todos esses artistas, mesmo que fosse apenas para dizer um ‘Olá, como você está”?
[...] São essas coisas que se destacam
quando você olha para trás.”, concluiu.
No “SongFacts” – portal de música destino
a analisar as letras das canções junto aos seus compositores – Dolores revelou
curiosidades como o fato do conceito de se pintar de dourado no clipe de “Zombie”
ter sido ideia sua, o modo como o seu processo de composição normalmente tem
início com o refrão e fez breves comentários sobre algumas músicas do The
Cranberries - novas e clássicas:
“The
Glory”
“[...] é sobre
você estar em uma situação difícil, precisando de ajuda e decide estender a
mão. É meio triste, mas ainda assim positiva [...]”
“Linger”
“[...]
acima de tudo uma canção de amor. [...]
um amor não correspondido [...]”
“Dreams”
“Eu a escrevi na época do meu primeiro amor,
quando eu ainda morava na Irlanda [...]”
“Ode
To My Family”
“[...] escrevi quando eu estava pela primeira vez na América, com o The
Cranberries. Eu estava longe da minha família e dos meus amigos e me sentia
muito sozinha, então a escrevi.”
“Rupture”
“É sobre depressão; sobre se sentir mal.
[...] sobre como o mundo funciona
baseado, no fim das contas, apenas em dinheiro [...]”
“Ridiculous
Thoughts”
“[...] lembro
de me sentir um pouco como um objeto nessa época. O sucesso foi muito grande e
havia muitas expectativas e pressão de todos os lados. [...] Eu estava sob muita pressão quando a escrevi
[...]”
“Roses”
“Meu pai estava muito doente e morrendo,
então foi fácil escrevê-la. [...] às
vezes, quando você está muito triste, fica mais fácil de escrever. [...]”
“When
You’re Gone”
“[...] Eu gosto muito dessa música. Foi escrita na época que o meu avô morreu,
mas depois, durante as turnês, o sentimento mudou e passei a pensar muito nos
meus filhos e também no meu pai.”
Ao finalizar, quando questionada sobre
qual a melhor e a pior parte da carreira, a vocalista foi taxativa:
“Minha
parte favorita é realmente quando você vai para o palco e tudo parece ótimo, você
tem um grande desempenho e recebe boas vibrações da multidão. Isso é o melhor.
Quando estou no palco tudo é ótimo, eu esqueço das coisas. Todas as minhas
preocupações somem e é a melhor das sensações. E, em seguida, a parte que eu não
gosto sobre isso [...] é o fato de
que você fica nervoso o dia todo quando
é dia de show e mais ainda antes de entrar no palco. [...] os nervos ficam à flor da pele, mas, em
seguida, a recompensa é grande.”, explicou.
“Something Else” chega às lojas no dia 28
de abril pelo selo BMG.
Com novos CD e turnê, expectativa é de alta das receitas do grupo
irlandês.
Segundo matéria do jornal Limerick Leader,
a empresa irlandesa Helter Limited - uma das encarregadas de gerenciar o
patrimônio da banda - registrou um lucro de € 1,010,187 referente ao final de
junho de 2015, quando o The Cranberries estava em turnê pela Europa, Ásia e
América para divulgar o álbum “Roses”.
Com o lançamento de “Something Else” e o
início da turnê pela Europa – com prováveis datas nos Estados Unidos no fim do
ano – a expectativa é de ascensão para as receitas da banda. Em 2008, a empresa
(que é responsável apenas pelas economias referentes às performances ao vivo)
teve perdas que chegaram a €1,7 milhões, retomando as boas contas apenas em
2014, quando a banda alcançou €954,623 de lucro.
Em meados de 2013 Dolores O’Riordan moveu
um processo contra Noel Hogan por motivos nunca revelados. Boatos sobre uma
disputa pelos ativos da banda ganharam a mídia, mas, em 2015, após o The
Cranberries assinar uma parceria com a Warner/Chappell Music UK Publishing
referente aos direitos de distribuição dos quatro primeiros álbuns do grupo, o
processo foi retirado.
À época, Hogan falou ao jornal The Irish
Times que “os altos e baixos da banda ficaram para trás”.
"Quando
eu e Dolores conseguimos nos sentar em uma mesa, frente a frente, e conversamos
sobre as coisas, foi como se as questões nunca tivessem acontecido. Nós
seguimos adiante, temos um relacionamento muito parecido de irmão e irmã. Agora,
Dolores e eu nos falamos praticamente todos os dias e nossa amizade está mais
saudável do que nunca.", disse o guitarrista.
Além
da Helter Limited, outras empresas envolvidas com os ativos do The Cranberries também
registraram lucro nos últimos anos.
Site Consequence
of Sound enaltece o trabalho de re-editar os clássicos e trazer para os fãs
algo além de uma simples compilação.
(RESUMO) “Something Else” é um tipo peculiar de compilação de sucessos. Por
um lado, o CD reúne de modo cuidadoso as músicas mais populares da banda
irlandesa, escolhidas de modo a celebrar os 25 anos de lançamento do seu
primeiro single, em 1992, “Dreams”.
Mas “Something Else” não é uma aposta
mercenária para arrecadar dinheiro ou cumprir um contrato com a gravadora. Além
de apresentar três novas canções, todas as músicas antigas foram regravadas acusticamente
em 2016 e ainda contaram com o acompanhamento de cordas (da Irish Chamber Orchestra). “Something Else” é uma tentativa de uma
banda veterana de celebrar seu legado.
“[...] Nenhum dos hits foram rearranjados
de modo brusco – o que é um alívio para os fãs mais ardorosos da banda. As
cordas e a ausência de guitarras tornam o som diferente, sim, mas não tanto
quanto você pode imaginar. [...]”
“[...] Em “Zombie” as cordas e o violão acústico oferecem um tom mais sombrio,
soturno e aflitivo como nunca antes. Esse clima enaltece a reflexão sobre os
problemas da Irlanda, duas décadas atrás. [...]”
“[...] Algumas músicas, contudo, perdem um
pouco da aura original, cheia do lúdico e dos sonhos. Em “Animal Instinct”, por exemplo, a voz menos elástica de Dolores (e o
tom sugerido pelas cordas) tiram um pouco da energia da canção. [...]”
“Nesta época de nostalgia – muito voltada
para o rock - alguns cínicos podem até questionar se este projeto do The Cranberries
seria mesmo necessário. “Precisamos mesmo de novas versões para velhas canções?”
Em primeiro lugar, é difícil dizer sem considerar a predisposição da pessoa
para gostar da banda. Alguns ouvintes irão preferir o The Cranberries do seu
auge de 1990, enquanto os intrépidos irão, sem dúvida, alegrar-se de ver o
grupo em ação novamente - e com novos materiais para apresentar. Se você está
preso nesse meio, você é, como O'Riordan diria, “...livre para decidir por si
mesmo”.
"Something Else" chega às lojas no próximo dia 28 de abril.
“[...] os jovens mais loucos a saírem da Irlanda desde os Kennedy’s
[...]”.
No dia 06 de abril de 1996
chegava às rádios o primeiro single do álbum “To The Faithful Departed”, terceiro
trabalho do The Cranberries. Hit instantâneo, “Salvation” marcou as primeiras
audições por apresentar ao público um som mais pesado do que o dos trabalhos anteriores da banda.
Com uma letra sobre o uso de
drogas, perda da inocência e a importância de se manter livre do abuso de substâncias,
a canção alcançou o topo das paradas musicais em diversos países, com destaque
para o primeiro lugar nos Estados Unidos durante quatro semanas seguidas, 5º na
Itália, 7º na Nova Zelândia e 8º na Austrália e na Irlanda.
O clipe de “Salvation”, dirigido pelo francês Oliver Dahan, traz a representação das drogas através da figura de um palhaço que atrai os jovens para um mundo colorido e cheio de diversão - mas que também os leva à beira de um abismo. Eletrizante e cheio de efeitos, a produção atraiu a atenção da mídia, que também apontou tais qualidades nas apresentações ao vivo da música. Um exemplo foi durante o MTV Music Awards de 1996 (concorrendo na categoria de "Melhor Direção de Arte"), quando a banda foi apresentada pela atriz americana Janeane Garofalo como “[...] os jovens mais loucos a saírem da Irlanda desde os Kennedy’s [...]”. Confira abaixo:
Até hoje, “Salvation” é figura
presente em praticamente todos os show da banda, empolgando multidões e sem
perder o vigor do seu refrão: “Salvation, Salvation, Salvation is free!”. Relembre o clipe: